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A verde rubra

A "Verde rubra"

Chamada "bandeira nacional", "bandeira das quinas" ou "bandeira verde rubra", é conhecida nacional e internacionalmente como a representação de Portugal. No entanto, poucos sabem quem a criou, qual a sua origem e significado(s).

Graficamente é considerada “desactualizada” por uns, “desajustada” por outros e até “kitsch”por alguns. Apesar dessas considerações a sua simbologia recebe o respeito de todos.

A verde rubra, em conjunto com “A Portuguesa” (o hino), é um dos símbolos definidores da nacionalidade. Surgiu com a Instauração da República, altura em que foi necessária a criação de nova bandeira.


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Para o efeito, o governo nomeou uma comissão com diversas personalidades para escolher o modelo entre várias propostas. Em 29 de Outubro de 1910 foi escolhida a proposta (última da lista abaixo) com ajustes. A versão final foi concebida por Columbano Bordalo Pinheiro (Pintor realista e naturalista - 1857/1929), João Chagas (Escritor, jornalista e diplomata - 1863/1925) e Abel Botelho (Militar e diplomata 1856/1917). Foi adoptada como bandeira da Républica Portuguesa no dia 19 de Junho de 1911 por decreto da assembleia constituinte.

Outras propostas:

A verde rubra

A escolha de cores da proposta vencedora rompeu com as cores tradicionais das bandeiras monárquicas até à data. O verde e vermelho foram escolhidos por serem as cores do partido republicano. Representam a esperança e o sangue dos que lutaram e morreram pela nação, respectivamente. No entanto esta escolha não foi consensual e foi difícil de explicar e de aceitar, mas ainda assim, prevaleceu.

A esfera armilar foi recuperada dos brasões de D. Manuel I. Este importante instrumento astronómico era usado para a navegação, pelos marinheiros na altura dos descobrimentos. De tal forma, que este era um símbolo usado nos barcos e territórios coloniais que os portugueses iam descobrindo e tomando posse. Por cima da esfera armilar apresenta-se o brasão, que à excepção da altura de D. Afonso Henriques é presença constante nas diversas versões da bandeira nacional, ainda que aplicado de diversas formas. Este é o símbolo mais importante da nossa identidade. No centro as cinco quinas, azuis, cada qual com cinco besantes brancos, num total de 30, e têm um significado religioso com várias facetas: representam quer as cinco chagas de Cristo, quer a vitória sobre os cinco reis mouros, e ainda as 30 moedas que traíram Jesus. Julga-se que o número de besantes poderá não ter sido sempre este. No entanto, a escolha desta simbologia tem a ver com a crença que D. Afonso Henriques teria um desígnio divino para estabelecer o reino de Portugal. Em redor, sobre uma orla vermelha, sete castelos amarelos. Cinco dos quais direitos, e dois rodados 45 graus para que acompanhem a orla arredondada. Segundo a tradição, diz-se que estes representam os castelos tomados aos mouros na conquista do Algarve, mas não é certo qual o número de castelos que D. Afonso III teria. Provavelmente seriam mais, daí também se suspeitar que tenha a ver com ligações familiares com Castela. De qualquer forma, representam a conquista do território.

Tal como outra imagem de marca, a bandeira tem regras e estrutura de construção. As normas de construção são as seguintes:

A verde rubra

As cores usadas são:

Verde - Pantone: 349 CVC | CMYK: 100-35-100-30 | RGB: 0-102-0 | HTML: #006600

Vermelho - Pantone: 485 CVC | CMYK: 0-100-100-0 | RGB: 255-0-0 | HTML: #FF0000

Amarelo - Pantone: 803 CVC | CMYK: 0-0-100-0 | RGB: 255-255-0 | HTML: #FFFF00

Branco - Pantone: CMYK: 0-0-0-0 | RGB: 255-255-255 | HTML: #FFFFFF

Azul - Pantone: 288 CVC | CMYK: 100-100-25-10 | RGB: 0-51-153 | HTML: #003399

Preto - Pantone: Black 6 CVC | CMYK: 0-0-0-100 | RGB: 0-0-0 | HTML: #0000000


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